Resenha sobre o filme Cisne Negro
A imagem é algo que fascina o homem, prende a atenção e emociona. Quase em estado de choque, não como algo negativo, mas deslumbrado e estarrecido com o que tinha acabado de ver, era a minha reação e de muitas pessoas quando saiam da sala de cinema após assistir o filme Cisne Negro.
Sem muita expectativa para ver o filme, fiquei menos empolgado quando vi um começo calmo sem grandes pretensões. Mas Natalie Portman não iria me decepcionar, para ser indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro de melhor atriz e ser minha queridinha de Hollywood, algum motivo isso teria que ter. Na sua busca incessante para mostrar seu lado negro, a protagonista Nina começa a viver um conflito de sentimentos e se perder entre o que é realidade e alucinação, pois é ai que o público prende a atenção e se deixa levar até um final triunfante.
Agradar a todos, impossível, mas a atriz em questão deve ser reconhecida pelo trabalho primoroso que fez. Simples, ingênua, madura, apaixonada por balé, descontrolada pela vida e louca por um sonho, esse é o comportamento da personagem.
O diretor Darren Aronofsky mostra o sentimento como algo incontrolável, ainda mais com elementos que estimulam a protagonista a ser uma pessoa irracional, que não se apega ao sonho pela beleza de sonhar, mas pela ideia de sucesso e perfeição, que deslumbra e às vezes tira o escrúpulo, ou ainda faz com que se esqueça de seus princípios, o que deixa claro como a menina de repente cresce no filme e faz uma virada na história.
Não posso deixar de dar os méritos devido à fotografia e a construção das cenas, aos demais atores e ao diretor, que conduz o filme de maneira única e sensível, que servirá de inspiração a muitos trabalhos.
Anderson Henrique Rodrigues.